Quando lhe perguntaram sobre os problemas com que se defrontava a arte contemporânea, a resposta dela resumiu a sua filosofia da arte em geral:
"A arte só existe quando vivida com paixão, quando se faz como próprio sangue e a própria alma, e não pesquisada em bibliotecas e tratados críticos. Não tolero nenhum dos "ismos" muitas vezes tão valorizados hoje. A arte existe apenas como expressão individual, como uma linguagem própria, e uma mensagem nascida de uma força e um entusiasmo que despertam a sensibilidade receptiva, que então aplaude, ou repelem de imediato esta sensibilidade, que então se afasta horrorizada. É um erro crasso achar que a arte necessariamente segue leis preestabelecidas ou estilos predefinidos (...). pouco importa o estilo em que foi criada, quando a obra vem impregnada do espírito de sua época e se expressa em linguagem própria, refletindo uma força tão grande que chega a ser trágica, não tanto na aparência como em sua essência profunda. ("Maria Martins", in Módulo ano 2, n. 4, mar. 1956, p. 48)"
Trecho retirado do livro COSAC, Charles (org.). Maria Martins. São Paulo: Cosacnaify, 2010' p. 84.
para ler o artigo do Estadão sobre a artista clique aqui
http://www.estadao.com.br/noticias/arteelazer,0.htm,maria-martins-ganha-mostra-no-mam,1051942