terça-feira, 1 de abril de 2014

Narrativas feministas da liberdade


Norma Telles, tania navarro-swain, Maria Lygia Quartim de Moraes, Margareth Rago,
Amélia Teles, Ivone Gebara, Gabriela Leite e Criméia Schmidt.


                "A aventura de contar-se: feminismos, escrita de si e invenções da subjetividade, a mais recente obra da historiadora Margareth Rago, livre-docente da Unicamp, aborda a história de algumas vidas singulares e extraordinárias: sete feministas que ousam reinventar-se e contar em perspectiva suas vivências, desejos e também o que precisaram deixar para trás em nome de uma liberação feminina urgente para sua geração. Nascidas ao redor de 1940, ainda que muito diferentes entre si, são unidas por suas marcantes experiências éticas e também por uma vinculação à esquerda, ainda que tenham rompido com partidos políticos para criar novos modos de relação subjetiva e de atuação política.
Transformando a cultura, essas mulheres teceram novas possibilidades de intervenção social, dando lugar a outras esferas do conhecimento, novos modos de pensar, de atuar e sentir, buscando a liberação das formas de sujeição e criando um novo conceito de cidadania e de política. Além dessas transformações nas esferas pública e privada, a autora conceitua, a partir de Foucault, como os feminismos contemporâneos criaram também modos específicos de existência, “mais integrados e humanizados, desfazendo as oposições binárias que hierarquizam razão e emoção, publico e privado, masculino e feminino, heterossexualidade e homossexualidade” (Rago, 2013: 27).
 Ao estudar as narrativas, as memórias e as linguagens dessas feministas históricas, o livro busca evidenciar como são construídas no cotidiano as estratégias de resistência ao poder, ou seja, as práticas sociais, culturais, políticas e linguísticas que pretendem libertar as mulheres das imposições misóginas, mesmo quando não se restringem aos movimentos organizados.  Conceituando essas narrativas autobiográficas a partir do conceito foucaultiano de “escrita de si”, Rago discute ainda como o exercício de narrar-se – enquanto prática de criação e construção de sentidos para o passado – é também um espaço de liberdade e de renovação das relações consigo e com os demais."

Luana S. Tvardovskas

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